sábado, 27 de dezembro de 2008

50

Chegámos aos 50. Gatos, não idade :) Dos últimos 8 gatos tivemos:

- sexo: 2 machos e 6 fêmeas;

- idade: 7 adultos e um(a) bébé;

- situação: 3 adoptados e 5 TNR.

Dos anteriores 7 em trânsito, 4 foram adoptados (Mistral, Suão, Aura e Quico), 2 eutanasiados (os queridos Sirocco e Zéfiro), um mantém-se em trânsito, o Luigi Encalhado. Que, a propósito, já não é um bébé, já foi castrado e continua doido e simpático.

Os gatos do jardim

Num jardim de um palacete de Lisboa chamaram o canil para retirar os gatos vadios que lá havia. Os funcionários do canil conseguiram capturar 5 e imagina-se o que sofreram antes de serem abatidos. Num jardim repleto de caixas para matar ratazanas. It makes a lot of sense!

A Cláudia conseguiu autorização para retirar os gatos que restavam e capturámos três:
Os gatos do jardim
a Farrusca, o Tareco e a Bolinhas

Ferals como não há muitos, foram operados e soltos numa das 'nossas' colónias. Esperamos que se mantenham por lá mas, pelo menos, demos-lhes uma oportunidade de viver.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Quico Patolas, adoptado (sort of)!


O Quico foi adoptado. Muitos meses e alguns quilos depois das suas aventuras, tem uma casa com mais três malvadinhos peludos. Não se dão muito bem, mas é o que se arranja.
Vamos ver se se porta bem e se emagrece um bocado :D

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A Ritz

Mais uma gatita perdida, abandonada (?). Andava há alguns dias naquela rua, confirmaram as pessoas que lá vivem, que não a conheciam de lado nenhum, mas também não a ajudaram. Estava magrinha e tinha uma coleira. Foi recolhida por uma FAT amiga e foram distribuídos cartazes na tentativa de encontrar o dono.


Tem 1 ou 2 anos, é muito bonita e tem mau-feitio :D Marcou-se uma OVH mas já estava esterilizada. Não ficou para adopção, porque a Família de Acolhimento Temporário vai ser Família de Acolhimento Definitivo.
Happy end!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Conto de Natal

Capítulo I - Tenho um gato em casa

No final do dia 25 de Dezembro de 2003 voltei para casa, depois de ter ido passar o Natal com a minha família.
Abri a janela para arejar a casa, e por acaso olhei para fora. Num telhado junto à janela do andar de baixo estava um gato, que eu nunca tinha visto ali. Pensei que ele se fosse embora, mas no dia seguinte ainda lá estava, e no outro também.
Fiquei preocupada, ele não tinha nem comida nem água. Comecei a pendurar pratinhos com comida e água, e a seguir atirei um saco de desporto aberto, com mantinhas lá dentro, porque estava tanto frio... Um dia, alguém abriu a janela do andar de baixo, que estava desocupado, e o gato entrou. Quando tentaram expulsá-lo da casa, e enxotá-lo para a rua, ele subiu as escadas e veio encostar-se à minha porta. Eu abri a porta, e ele entrou.
Não sabia se ele era meigo ou bravo, mas na altura nem me preocupei com isso. Arranjei-lhe um alguidar com areia, umas tacinhas de comida, e deixei-o sossegado no seu cantinho, enquanto telefonava para associações de protecção a animais e pedia que o recebessem.
Todas as associações me pediram para esperar, estavam lotadas. Na altura não sabia, mas agora sei que muita gente aproveita a época de Natal, tal como a de verão, para abandonar os seus animais, e os abrigos enchem-se desses bichinhos tristes e assustados.
Uns dias depois, e sem aviso, o gato levanta-se, vem na minha direcção, e começa a dar-me turrinhas. Fiquei tão contente, não propriamente por ele ser meigo, mas mais por ter confiado em mim!Claro que a partir daí ficou por cá; foi o meu primeiro gato, é o meu Chibbito.

Capítulo II - o Chibbito tem FIV

Durante algum tempo tudo esteve bem. O Chibbito comia, dormia no meu colo, tinha um comportamento perfeitamente normal para gato, a não ser o medo da rua que ainda hoje tem.
Um dia reparei que ele não tinha comido quase nada. Passaram-se mais alguns dias, e continuava a comer muito menos. Levei-o ao veterinário mais próximo, que reparou logo que ele tinha uma enorme gengivite, a boca quase toda inflamada, e alguns dentes em muito mau estado. As dores na boca impediam-no de se alimentar. Foi medicado imediatamente, mas o veterinário pediu-me para retirar sangue ao Chibbito, para fazer um teste do qual eu nunca tinha ouvido falar. Quando vieram os resultados, soubemos que ele era positivo a FIV.
O veterinário fez-me um quadro muito negro daquela doença: disse que era igual à SIDA dos seres humanos, disse que se podia pegar facilmente a outro gato, disse que ele não viveria muito tempo, mas que ia tentar controlar a infecção na boca.
Passou-se um mês, em que fui dia sim, dia não com o Chibbito levar injecções, mais uns quantos medicamentos, mas a infecção não melhorou, pelo contrário. O Chibbito já não parecia o mesmo gatinho. Estava magro, desconfiado, assustado, fugia de mim. O veterinário começou a falar-me em abate.
Lembro-me muito bem da minha aflição na altura, quando não percebia absolutamente nada de doenças de gatos, e só queria que o meu bichinho vivesse e fosse feliz. E tinha um veterinário a dizer-me que era melhor a eutanásia.
No meio do desespero, procurei um hospital veterinário. Não porque achasse que eram melhores (nem me passou tal coisa pela cabeça, afinal eram todos veterinários), mas porque poderiam interná-lo, e quem sabe dessa maneira ele pudesse sobreviver. E aqui mudou a história.

Capítulo III - o Chibbito tem FIV, mas não há problema!!!!

Imaginem o meu estado quando cheguei com o Chibbito ao hospital: aflita, desanimada, a achar que ele seria imediatamente intenado e que o caso dele era mesmo muito grave e urgente.

Expliquei a situação à pessoa que estava no atendimento, que permaneceu muito calma, e não chamou ninguém. Em vez disso pediu-me para esperar na sala, enquanto fazia a ficha do Chibbito. "Temos cá muitos casos desses", disse ela com um ar simpático e condescendente. Eu achei aquilo tudo muito estranho. Esperei algum tempo, até chegar a nossa vez, e lá fomos nós.
Os veterinários abriram-lhe a boca, deram-lhe imediatamente um medicamento injectável, com uma destreza que eu nunca tinha visto. Receitaram vários remédios para ele tomar, incluindo antidepressivos, que se justificavam perfeitamente no caso dele, mas que eu nem sabia que existiam para animais. Deram-me também um medicamento para estimular o sistema imunitário, que hoje eu reconheço como um medicamento comum para casos destes, mas do qual o outro veterinário também não me tinha falado. Mandaram-no para casa e marcaram uma cirurgia para daí a uns dias, para remover os dentes em mau estado. Nunca me falaram em eutanásia. Disseram-me que ele ia viver tantos anos como outro gato qualquer.
Explicaram-me que poderia ter outros gatos desde que estivessem todos castrados e se dessem bem, porque o contágio do FIV é praticamente impossível nessas condições (vejam o folheto informativo em anexo).
Pouco a pouco o Chibbito foi recuperando, fisica e psicologicamente. Em alguns meses tornou-se num gatarrão como eu nunca tinha conhecido antes. Desde que foi tratado nunca mais teve nenhum sintoma ou recaída. Tenho mais 3 gatas, todas esterilizadas, com quem ele convive em grande harmonia. Costumo ter bebés para adopção, que recolho da rua, e que o Chibbito adora e lambe de alto a baixo. Não há qualquer perigo de transmissão do FIV por estas lambidelas.
Este é o meu Chibbito, um lindo gato que poderia ter sido eutanasiado há anos se eu não tivesse procurado uma segunda hipótese.

Conclusão

Infelizmente, nem todos os veterinários estão bem informados e actualizados, tal como acontece em qualquer outra profissão.

Em relação ao FIV, em particular, criaram-se preconceitos e confusões que tiram a vida a animais, e que deixam os donos traumatizados e em pânico.

Para qualquer doença grave que aflija pessoas ou animais, deve pedir-se sempre uma segunda opinião. Para o FIV em particular, não deixem que ninguém vos diga o que me disseram a mim "É FIV, não há nada a fazer". Pelo contrário, há muito a fazer. E o primeiro passo é informar as pessoas, para que muitas vidas se salvem.

Olhem para o Chibbito. Não valeu a pena?


Sara Nobre, Dezembro de 2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Yumi - Quando ele era ela

Lembram-se do pequeno Albanito Brás? Pois é, já depois de ter sido adoptado, chegou-se à conclusão de que afinal era uma "albanita" :) De Ahoshi, o seu nome passou a Yumi. Porta-se como uma princesinha de torneio medieval, observando os outros dois gatitos a disputar a sua atenção.
Aqui está a menina na casa nova, sózinha e com os dois manos:





quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Olinda

Por estes dias cinzentos, em nós e no tempo, capturámos a mãe dos Vicentinhos. Grávida, muito grávida. Foi operada e já voltou para a rua. Não terá mais ninhadas com pouca saúde.

Sê feliz, Olinda!